e na escuridão do meu quarto
Ouço arranhões na porta; 
O gato Ralf precisa entrar
Nunca entendi por tantas longes saídas
Ele tinha sempre que voltar?
Talvez o mundo lá fora não tivesse ar
Talvez os becos e mundos escuros
não soubessem amar.
Eram tantos os motivos pra voltar
que me perguntava: porque caminhar neste mesmo lugar
Talvez o gato Ralf pensasse precisar
Lembrar da chuva a cair,
Lembrar do raio solar
- "Porque me deixar liberto da vida lá fora?
Que ensinou-me a viver
E porque não subir nas árvores altas
Sabendo que delas não sei descer?"
Incógnitas fazem sermos complexos,
mas a própria complexabilidade não se define
Então o Ralf não estava preocupado,
com suas subjeções excluídas pela maioria,
mas sim no que isto traria ao seu ser
De se tornar vivo a cada amanhecer
Suspirar nos becos escuros sabendo que...
Voltar para casa, isto sempre iria acontecer.