Já parou e se perguntou porque normalmente são velhos ou crianças que alimentam pombos na praça?
O fato intrigante foi me levando a perceber que existem apenas dois momentos na nossa vida em que de fato priorizamos as coisas simples: Quando somos crianças e ingênuas, ainda descobrindo nossa realidade condicional. Ou quando estamos no final de nossas vidas, que notoriamente o tempo marcou. Descobrimos na velhice que a vida nada mais é que pontos coloridos e cada cor nos lembra uma experiência. Seja boa ou ruim, o fato é que vivemos de tudo um pouco. Mas o que marca de verdade? Não são as casas em que vivemos, como vivemos ou onde trabalhamos. O que marca é o que nos motiva a continuar. São traços da vida que jamais abrimos mão; o cheiro da terra molhada, o canto dos passarinhos, o jeito feliz que teu cachorro fica quando tu chegas em casa. O sorriso e o canto das águas. A morte por trás da beleza não nos amedronta mais, sabe porquê? Porque vivemos e respiramos por mais que sejam poucas as alegrias, que a vida tem a nos oferecer. Ser feliz é encontrar o lado bom de cada espelho quebrado e remonta-lo usando um leve sorriso no canto dos lábios. Como uma criança que descobre ainda a realidade, já vive o melhor da vida, a inocência.
Por mais que nademos, por mais que lutemos, o que ficou pra trás ou está a nossa volta é o melhor para nós.
(Ronaldo Santos)
Fotografia: Autor desconhecido
- 19:03:00
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